Tensão no Cruzeiro: Declarações de Ronaldo Ignoram a Realidade?

Divergências Públicas: Cruzeiro e Ronaldo em Desacordo

O ambiente no Cruzeiro Esporte Clube se encontra carregado após declarações polêmicas de Ronaldo Nazário, ex-sócio majoritário da SAF cruzeirense. Suas alegações sobre a distribuição de ingressos e camisas geraram um choque direto com a associação do clube, expondo uma possível fratura na relação outrora amistosa.

As declarações de Ronaldo, concedidas ao Charla Podcast, detalham o que ele descreve como regalias concedidas a conselheiros e membros de torcidas organizadas, práticas que, segundo ele, foram interrompidas durante sua gestão entre 2022 e 2024. A resposta da associação não tardou, acentuando a crise.

Foto: (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A Réplica da Associação Cruzeiro

Em uma manifestação formal, a associação Cruzeiro , representada por seu presidente, Lidson Potsch, e pelo presidente do conselho deliberativo, Paulo Sifuentes, contestou veementemente as acusações de Ronaldo. A nota oficial busca desmentir as alegações do ex-gestor da SAF, argumentando que a realidade dos fatos é outra.

A associação assegura que "As determinadas afirmações não correspondem à realidade. A suposta distribuição massiva e recorrente de ingressos e camisas, nos moldes apontados, não encontra respaldo em registros contábeis, documentos internos ou qualquer elemento de prova." Esta declaração lança dúvidas sobre a veracidade das informações divulgadas por Ronaldo, intensificando o debate em torno da gestão do clube.

O Ponto de Vista de Ronaldo: Regalias e Cortes Financeiros

Ronaldo argumenta que a distribuição de benefícios a conselheiros e torcidas organizadas representava um fardo financeiro significativo para o Cruzeiro . Ele detalhou que "Cada conselheiro tinha 50 camisas que a gente tinha que dar. Começava o ano, e o Cruzeiro devia R$ 2 milhões em camisas para a adidas. São 350 conselheiros, cada um pedindo 50 camisas... mandei cortar presente de conselheiro. No máximo, o que a gente podia tentar, era preço de custo, com o conselheiro pagando", alegando que tais práticas geravam um custo anual elevado.

Além disso, Ronaldo afirmou que uma das torcidas organizadas do Cruzeiro recebia um grande número de ingressos gratuitos por partida: "Abrindo as gavetas, cada vez saía um absurdo. Jogo do Mineirão já partia de menos 20 mil ingressos que tinham que ir para a Máfia Azul, gratuitamente. Eles vendiam para turma deles lá, a torcida monetizava. Só que chego e já corto. Os caras estavam me adorando. Uma semana depois já estão me odiando". Segundo ele, a suspensão dessas regalias gerou descontentamento e oposição à sua gestão.