Arbitragem em Clássico Mineiro Gera Controvérsia e Reclamações do Cruzeiro

Cruzeiro Formaliza Queixa Contra Arbitragem Após Clássico Acirrado

A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube não escondeu sua insatisfação com a arbitragem do recente clássico contra o Atlético Mineiro. O clube celeste protocolou uma queixa formal, direcionando o foco de suas críticas à atuação do árbitro de vídeo, Rodolpho Toski Marques. A equipe busca uma análise minuciosa de diversos lances controversos da partida.

Além do lance envolvendo Lyanco e Dudu, o Cruzeiro manifestou o desejo de examinar minuciosamente a expulsão de Gabigol, ocorrida aos 30 minutos do primeiro tempo, após um choque com Lyanco. O clube busca clareza e justificativas para as decisões tomadas durante a partida.

Em comunicado oficial, o Cruzeiro expressou sua posição de forma incisiva: "No entendimento do clube e de todos os especialistas que se manifestaram publicamente, houve um erro grosseiro em lance ocorrido aos 17 minutos do primeiro tempo, quando o VAR deveria ter atuado e indicado a revisão do lance que ocasionaria a expulsão de um atleta adversário. O Cruzeiro preza pela lisura da competição e não deseja ser beneficiado, mas, sob hipótese alguma, aceitará ser prejudicado".

Mattos Questiona Arbitragem e Expõe Insatisfação

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro , utilizou suas redes sociais para expressar seu descontentamento com a arbitragem do clássico contra o Atlético-MG. O foco da reclamação foi o segundo gol do time adversário, no qual, segundo Mattos, Hulk teria cometido uma falta em Fabrício Bruno ao disputar a bola.

Através de um vídeo do lance, Mattos destacou o momento em que Hulk, partindo do meio-campo e marcado por Fabrício Bruno, aparentemente utiliza o braço para desestabilizar o defensor adversário próximo à grande área. O CEO do Cruzeiro acompanhou a postagem com emojis que denotavam sua clara insatisfação com a não marcação da suposta infração.

Essa não foi a única manifestação de descontentamento por parte de Mattos em relação à equipe de arbitragem, liderada por Felipe Fernandes Lima e, principalmente, pelo árbitro de vídeo Rodolpho Toski. No dia da partida, o CEO já havia questionado a decisão do VAR de não solicitar a revisão do pisão de Lyanco na mão de Dudu , considerando o lance merecedor de cartão vermelho.

Incidente na Sala do VAR e Repercussões

A insatisfação de Alexandre Mattos com a arbitragem ultrapassou as redes sociais e culminou em um incidente na sala do VAR, conforme relatado na súmula da partida. Segundo o registro da arbitragem, Mattos invadiu a sala, proferiu xingamentos e impediu a equipe de arbitragem de vídeo de trabalhar, declarando que eles não seriam mais escalados para jogos do Cruzeiro.

A atitude do CEO do Cruzeiro demonstra a alta tensão e o nível de descontentamento com a condução da arbitragem no clássico. O caso certamente terá desdobramentos e poderá gerar discussões sobre os limites da atuação de dirigentes em relação à arbitragem e o impacto dessas ações no ambiente do futebol.

O Cruzeiro aguarda agora o posicionamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em relação à queixa formal protocolada e espera que as análises dos lances controversos tragam esclarecimentos e, possivelmente, medidas que visem a aprimorar a qualidade da arbitragem no futebol brasileiro.