Indignação no Cruzeiro: Jogo contra o Palmeiras com portões fechados

Decisão polêmica: portões fechados no duelo Cruzeiro x Palmeiras

O encontro entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para esta quarta-feira, será realizado sem a presença da torcida celeste. Uma decisão que gerou profunda irritação na cúpula do clube mineiro, especialmente em Alexandre Mattos, CEO da equipe e figura conhecida do futebol brasileiro, com passagem marcante pelo Palmeiras.

A ausência da torcida cruzeirense no estádio configura um impacto significativo no cenário esportivo, já que o embate se apresenta como crucial para as aspirações do time na luta por uma vaga na Libertadores da América de 2025.

Mattos, em declarações contundentes à Rádio Itatiaia, expressou a sua frustração e a do clube: "Deixamos claro para o Governo e para o comando da Polícia que o Cruzeiro gostaria que fosse torcida única, mas que sempre o fator de duas torcidas deve ter a segurança muito bem detalhada. A Polícia Mineira, que temos o maior respeito, tem total condição de fazer jogos grandes. Infelizmente, isso só veio às 6h da manhã de hoje, inviabilizando essa situação".

Foto: (Marcello Zambrana/AGIF)

Preocupação com a segurança e a vida humana

A decisão de manter o jogo com portões fechados foi tomada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em função de preocupações com a segurança dos torcedores, após um incidente lamentável envolvendo torcidas organizadas no passado recente. A diretoria do Cruzeiro , entretanto, considera a medida inadequada e prejudicial.

O dirigente reforçou a posição do clube: "O Cruzeiro está revoltado, está indignado e manifestou isso com todos os órgãos competentes sobre essa questão", disse Mattos. "O Cruzeiro manifestou sua preocupação com a vida humana. Gente morreu, ficou ferida, a polícia tem que cuidar disso. O Cruzeiro é a favor de duas torcidas e vai continuar sendo. O que o Cruzeiro fez é: manifestar, exigir e pedir que o Governo e a Polícia dessem condição de tranquilidade para que não acontecesse uma catástrofe".

Impacto esportivo e a revolta do Cruzeiro

Para Mattos, a ausência da torcida representa um prejuízo considerável para o desempenho da equipe. O CEO classificou a partida como uma "decisão", essencial para as pretensões do Cruzeiro na competição:

"O Cruzeiro se sente muito prejudicado. Com a presença da nossa torcida, a chance de vitória é muito maior. O Cruzeiro está indo para uma decisão sem o seu torcedor, é revoltante. Infelizmente, pela falta de segurança até às 6h, a CBF manteve o padrão de portão fechado e a situação ficou irreversível".

Contexto do incidente e a situação atual do Cruzeiro

Vale lembrar que o incidente que desencadeou a polêmica ocorreu em 27 de outubro, quando um torcedor do Cruzeiro , membro da Máfia Azul, foi vítima fatal de uma emboscada organizada pela Mancha Verde, torcida do Palmeiras. Este trágico evento levou a diretoria do Cruzeiro a defender inicialmente um jogo com torcida única.

O Cruzeiro , com 49 pontos, enfrenta mais dois jogos antes do fim do campeonato. Uma vitória contra o Palmeiras daria um importante impulso na busca por uma vaga na Libertadores em 2025, ultrapassando o Bahia na classificação.