Decisão da CBF: Palmeiras jogará com portões fechados, mas critica punição

Jogo sem torcida: Palmeiras acata, mas critica a CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinou que a partida entre Palmeiras e Cruzeiro, válida pelo Brasileirão, será realizada sem a presença de público. A equipe palestrina, apesar de respeitar a decisão da entidade máxima do futebol brasileiro, expressou sua insatisfação com a medida, considerando-a inadequada e injusta.

Em comunicado oficial, a diretoria do Verdão declarou que aceitará a imposição da CBF, mas salientou a incongruência da punição aplicada a ambos os clubes em decorrência de um incidente isolado e que não ocorreu durante um jogo.

O clube alviverde destacou a ausência de um plano concreto por parte das autoridades de segurança pública de Minas Gerais para garantir a segurança dos torcedores em um confronto com torcidas presentes. A falta de uma solução eficaz para a realização do evento com público presente foi lamentada pela diretoria.

Injustiça e falta de solução: um problema de segurança pública

O Palmeiras argumentou que a responsabilidade pela violência entre torcidas organizadas não deve recair sobre os clubes, que são penalizados por um episódio ocorrido fora do contexto de uma partida de futebol. O confronto entre membros da Mancha Verde e da Máfia Azul aconteceu em uma rodovia, longe do estádio e em um dia sem jogos envolvendo as equipes.

A nota oficial do clube reforça a necessidade de uma ação mais contundente do poder público na prevenção e repressão à violência entre torcidas. Medidas paliativas, segundo o Palmeiras, não são suficientes para resolver o problema e garantir a segurança dos torcedores.

A equipe paulista enfatiza a importância de uma postura mais firme das autoridades, que ultrapasse a simples aplicação de punições e inclua um trabalho preventivo mais eficiente para coibir ações criminosas e garantir a segurança dos torcedores em eventos esportivos.

Manifesto oficial do Palmeiras: "Inaceitável"

A declaração completa do Palmeiras, divulgada em suas redes sociais, afirma: "A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que recebeu, neste domingo (1), ofício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinando que o jogo de quarta-feira (4) contra o Cruzeiro , pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, seja disputado com portões fechados no Mineirão, em Belo Horizonte (MG)."

O texto continua: "O Palmeiras acatará a decisão da entidade, tomada em favor da isonomia após o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) recomendar a realização da partida com torcida única do Cruzeiro , mas lamenta que as autoridades de segurança pública do referido estado não tenham apresentado um plano que pudesse garantir a presença de palmeirenses e cruzeirenses no estádio. É inaceitável que um conflito entre organizadas ocorrido em uma rodovia (em um dia no qual nem Palmeiras nem Cruzeiro entraram em campo) acabe por penalizar ambos os clubes, bem como todos os torcedores que pretendiam comparecer ao Mineirão para incentivar suas equipes em um jogo de caráter decisivo. Não será com medidas paliativas que vamos coibir condutas criminosas; para tanto, além da aplicação de punições severas contra os infratores, faz-se necessário, também, um esforço maior do poder público."

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Em resumo, o Palmeiras demonstra sua discordância com a decisão da CBF, apontando falhas na atuação das autoridades de segurança pública e a necessidade de ações mais efetivas para combater a violência entre torcidas organizadas, indo além de simples medidas reativas.