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Futuro do Futebol Brasileiro:Desafios e Oportunidades na Formação de Talentos

Por Redação Raposa Azul em 26/11/2024 18:55

A Evolução da Comissão Técnica no Futebol Brasileiro

Em um evento recente, o Summit CBF Academy 2024, realizado em São Paulo, Dorival Júnior, treinador da seleção brasileira, compartilhou reflexões importantes sobre a trajetória e os desafios do futebol nacional. Sua apresentação destacou a significativa evolução da profissionalização no esporte, comparando a estrutura de comissões técnicas do passado com a realidade atual. A transformação é notável.

O treinador evocou memórias de sua experiência no Figueirense (2003-2004), onde a comissão técnica era composta por um número reduzido de profissionais. Em contraste, ele mencionou a experiência no Flamengo, onde a delegação contava com um contingente consideravelmente maior de profissionais, demonstrando a expansão e especialização das equipes de apoio.

Essa mudança significativa em menos de duas décadas ilustra a crescente complexidade e profissionalismo do futebol brasileiro. A busca pela excelência exige uma abordagem multidisciplinar e integrada, refletindo a necessidade de investimento em diversas áreas.

A Valorização dos Ativos e o Mercado de Transferências

Dorival Júnior também abordou a evolução na percepção do valor dos atletas brasileiros pelos clubes nacionais. No passado, a venda de jogadores talentosos gerava menos lucros, e os clubes não estavam preparados para extrair o máximo valor de seus ativos. Ele cita exemplos marcantes como as vendas de Fábio Júnior (Cruzeiro) e Denilson (São Paulo) como pontos de inflexão.

Atualmente, a realidade é bem diferente. Os clubes brasileiros estão mais atentos à formação e ao desenvolvimento de seus atletas, visando lucrar com suas transferências internacionais. Essa mudança de postura demonstra uma maior compreensão do mercado de transferências e da importância de investir na formação de base.

A análise feita pelo treinador destaca a mudança de cenário: antes, clubes portugueses eram os principais beneficiários da venda de jogadores brasileiros, adquirindo-os a preços baixos e revendendo-os com lucros exorbitantes. Agora, os clubes brasileiros estão aprendendo a capitalizar o potencial de seus próprios talentos, investindo em infraestrutura e formação para aumentar seu valor de mercado.

O Impacto do Número de Jogadores Estrangeiros

Apesar do progresso, Dorival Júnior fez um alerta crucial sobre o número crescente de jogadores estrangeiros no futebol brasileiro. Ele utiliza o exemplo da Itália, que após abrir suas portas para um grande número de atletas estrangeiros, experimentou um período de baixa competitividade internacional, ficando ausente de Copas do Mundo.

Atualmente, o Brasileirão permite a inscrição de nove jogadores estrangeiros por equipe. O treinador expressa preocupação com a possibilidade de que essa política possa comprometer a formação de talentos locais a longo prazo, e que a dependência de jogadores estrangeiros poderia resultar em uma escassez de jogadores brasileiros para venda no futuro.

O técnico aponta um dado alarmante: em uma análise interna, 12 dos 20 times da Série A tinham centroavantes estrangeiros. Essa dependência externa, segundo ele, pode trazer consequências negativas para o futebol brasileiro em um futuro próximo, prejudicando a formação e a exportação de jogadores nacionais.

Conclusão: Um Olhar para o Futuro

Dorival Júnior finaliza sua análise com um apelo aos dirigentes do futebol brasileiro para que revejam a política de contratação de jogadores estrangeiros, considerando os potenciais prejuízos à formação de talentos locais. A preocupação com a saída precoce de jovens jogadores para o exterior, sem que os clubes nacionais possam se beneficiar do retorno técnico e financeiro, também é destacada.

A mensagem central é clara: o desenvolvimento do futebol brasileiro requer um equilíbrio entre a competitividade e o investimento na formação de novos talentos. A dependência excessiva de jogadores estrangeiros pode comprometer o futuro do futebol nacional, prejudicando a formação de atletas e a capacidade de gerar receita com transferências internacionais.

A reflexão de Dorival Júnior serve como um alerta importante para os dirigentes e gestores do futebol brasileiro, incentivando a discussão sobre políticas que promovam o desenvolvimento sustentável do esporte no país.

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Lucas

Lucas

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Comentado em 27/11/2024 07:29 Olha, achei a fala do Dorival bem pesada. O time tá meio na corda bamba, com os resultados mistos, mas se a gente abrir o olho e começar a investir de verdade na base, vem muita coisa boa por aí. Tô na torcida pra que os meninos arrebentem, #VaiCruzeiro!
Caio

Caio

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Comentado em 27/11/2024 05:19 É, mano, se não tomarmos cuidado vamos ficar sem quem vender! Tô achando que o Dorival tá certo nesse lance dos gringos. Se continuar assim, vamos ter que pegar gringo em vez de valorizar a molecada da base… kkkkk! Vamos com tudo, Cruzeiro!
Bruno

Bruno

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Comentado em 27/11/2024 03:09 Fico feliz em ver que a CBF tá buscando melhorias. Se conseguimos valorizar nossos talentos, como o Cruzeiro sempre fez, podemos voltar a ser um dos maiores clubes do Brasil. A nova filosofia pode gerar uma nova geração de craques!
Rafael

Rafael

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Comentado em 27/11/2024 00:58 Hauhauha, é cada doido nesse campeonato! Olha só, a gente ainda tem 9 gringos e os moleques da base tão ficando de lado... ia ser legal se a gente voltasse a vender nossos futeboleiros como antigamente, mas com o nosso Cruzeiro no topo, né? Pq o que não falta é talento ali!
Fabiana

Fabiana

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Comentado em 26/11/2024 22:52 A evolução na formação de talentos é realmente algo que merece atenção! O Cruzeiro tem tanta tradição nisso, e se os clubes começarem a dar mais valor aos nossos meninos da base, vamos ter um futuro brilhante. Vai Cruzeiro!
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