Protocolo de Concussão da FIFA Estreia no Brasileirão Feminino

Inovação e Segurança: Protocolo de Concussão no Futebol Feminino Nacional

A partida inaugural do Brasileirão Feminino entre Cruzeiro e Grêmio ficará marcada não apenas pelo resultado em campo, mas também pela implementação inédita do protocolo de concussão da FIFA na competição. Um incidente envolvendo a lateral Katielle, do Grêmio, desencadeou a aplicação do protocolo, demonstrando um avanço significativo na proteção à saúde das atletas.

O Incidente e a Aplicação do Protocolo

Logo no início do confronto, um choque de cabeça entre Katielle e Lady Andrade gerou preocupação imediata. Embora ambas as jogadoras tenham recebido atendimento e retornado ao jogo, a situação de Katielle se agravou, culminando em sua substituição aos 20 minutos. A comissão técnica do Grêmio, agindo em conformidade com o protocolo de concussão, formalizou a substituição entregando um cartão vermelho ao quarto árbitro.

A medida permitiu que Drika entrasse em campo no lugar de Katielle, garantindo ao Grêmio uma substituição extra para o restante da partida. O Cruzeiro também se beneficiou com uma substituição adicional, em virtude da aplicação do protocolo.

Regulamentação e Período de Afastamento

Conforme estipulado pelo regulamento, Katielle deverá permanecer afastada das atividades por um período mínimo de cinco dias, contados a partir do momento do choque. Essa medida visa garantir a completa recuperação da atleta e prevenir possíveis complicações decorrentes da concussão.

Paralelo com o Futebol Masculino

A aplicação do protocolo no Brasileirão Feminino ecoa um incidente recente ocorrido durante a partida entre Brasil e Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Na ocasião, Alisson, do Brasil, e Davinson Sánchez, da Colômbia, sofreram um choque de cabeça e foram substituídos, resultando em duas alterações extras para cada equipe. Essa similaridade demonstra a crescente preocupação com a segurança dos jogadores em ambos os gêneros.

O que diz o regulamento

O protocolo de concussão da FIFA, agora implementado no Brasileirão Feminino, visa proteger a saúde dos atletas em casos de trauma cranioencefálico. A medida permite uma avaliação mais detalhada do jogador e, se necessário, a substituição imediata sem prejuízo para a equipe. "A comissão técnica do Grêmio fez valer o protocolo de concussão e entregou um cartão vermelho ao quarto árbitro, simbolizando o uso do procedimento."

A iniciativa representa um marco importante para o futebol feminino brasileiro, alinhando-se às melhores práticas internacionais em termos de segurança e bem-estar dos atletas. Ao priorizar a saúde e a integridade física das jogadoras, o Brasileirão Feminino demonstra um compromisso com o desenvolvimento sustentável e responsável da modalidade.