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Agressões entre Torcidas: Um Histórico de Violência na Fernão Dias
Por Redação Raposa Azul em 27/10/2024 11:25
Torcidas Organizadas: Um Contexto de Violência
A violência entre torcidas organizadas no futebol brasileiro é um problema crônico que se manifesta de diversas formas, desde agressões físicas a atos de vandalismo. A rivalidade entre torcedores, muitas vezes exacerbada por interesses comerciais e disputas de poder, tem levado a confrontos que colocam em risco a segurança dos próprios torcedores, de outros indivíduos e do patrimônio público.
Um exemplo trágico dessa realidade ocorreu na madrugada do último domingo, quando uma briga entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, resultou em um morto e doze feridos. O confronto, que reacendeu o debate sobre a segurança no futebol, teve como palco a mesma rodovia que já havia sido cenário de outro episódio de violência entre as mesmas torcidas, em 2022.
A Briga na Fernão Dias: Um Histórico de Confrontos
Em setembro de 2022, torcedores organizados do Cruzeiro e do Palmeiras se envolveram em um violento confronto na Fernão Dias, no município de Carmópolis de Minas. O tumulto aconteceu em uma praça de pedágio da BR-381 e deixou quatro torcedores feridos por tiros e dez com lesões provocadas por chutes, socos e pauladas.
Imagens de vídeos em redes sociais, da época do ocorrido, mostravam o presidente da Mancha Verde, Jorge Luiz, entre os agredidos. Em uma das gravações, integrantes da organizada do Cruzeiro pedem para parar com as agressões: "Perdeu é a Máfia. A Mancha perdeu, não bate mais não".
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que foi acionada para conter a briga, os torcedores do Cruzeiro se encaminhavam para Campinas, onde o time enfrentaria a Ponte Preta pela Série B do Brasileiro. Já os palmeirenses estavam a caminho de Belo Horizonte, para enfrentar o Atlético-MG, pela Série A.
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostravam trechos do confronto, com imagens fortes de torcedores do Palmeiras sangrando e um deles caído no asfalto.
A Versão da Torcida do Cruzeiro: Uma Emboscada?
Em publicação no Twitter, na época do ocorrido, a organizada do Cruzeiro alegou que "foram surpreendidos por torcedores do Palmeiras na estrada em uma emboscada, onde portavam até arma de fogo, que acabou ferindo ocupantes da nossa caravana". Veja a íntegra abaixo.
Hoje aconteceu um fato lamentável onde precisamos agir em legítima defesa para defender a integridade de todos que estão presentes para acompanhar o espetáculo de logo mais em Campinas, onde o Cruzeiro enfrenta a Ponte Preta. O planejamento de uma caravana é pensado com cautela e nesse planejamento que escolhemos pra hoje foi de sair as 06:00 do dia do jogo, pois pelo tempo de viagem sabíamos que a caravana que vinha de São Paulo e foi divulgada com saída as 00:00 já teria chegado em BH, quando no decorrer da viagem somos surpreendidos por torcedores do Palmeiras na estrada em uma emboscada, onde portavam até arma de fogo, que acabou ferindo ocupantes da nossa caravana. A realidade das caravanas é bem diferente da teoria, tem a dificuldade da estrada e a segurança, sem nós seria bem pior para o torcedor comum que viaja para acompanhar seu time do coração, assim como foi no Sul antes da nossa chegada em que agrediram torcedores comuns na fila da compra de ingressos. A pergunta que fica é, como uma caravana que saiu às 00h de São Paulo demora 12hr para chegar em Belo Horizonte?
A versão da torcida do Cruzeiro sobre uma "emboscada" e o uso de armas de fogo pelos torcedores do Palmeiras não foi confirmada pelas autoridades. A investigação sobre o caso, que ainda está em andamento, deve esclarecer os detalhes do confronto e as responsabilidades de cada lado.
A Necessidade de Combate à Violência
A repetição de episódios de violência entre torcidas organizadas exige ações eficazes e coordenadas por parte das autoridades, dos clubes e da sociedade como um todo. É essencial que a segurança dos torcedores seja priorizada, com medidas que garantam a integridade física e a paz durante os jogos e nas viagens para os estádios.
Investigações rigorosas sobre os atos de violência, punição exemplar aos envolvidos, programas de conscientização sobre o esporte e o combate à cultura da violência são medidas indispensáveis para que o futebol continue a ser um esporte de paixão e união, e não um palco de violência e barbárie.
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